Intérprete do personagem Beiçola em A Grande Família, o ator Marcos Oliveira integrou o elenco da série da Globo nas 14 temporadas produzidas pela emissora, entre 2001 e 2014. 



No entanto, as reprises na TV aberta e na TV por assinatura, pelo canal Viva, não rendem um bom retorno financeiro ao artista. Recentemente, o ator foi entrevistado pelo podcast Inteligência Ltda. Logo no começo da conversa, foi citado que a atração tem poucos episódios disponibilizados no Globoplay, a plataforma de vídeos da Globo. Ao fazer campanha para entrar o restante dos episódios, o apresentador Rogério Vilela ouviu do convidado: “E que paguem a gente! Porque a gente não ganha”.

“Vocês não ganham pela assinatura, por nada? Como era o contrato de vocês?”, questionou o comunicador a Oliveira. “Você assinava o contrato para aquela produção, por ano e aí você cedia tudo”, explicou o ator. “Daí você ficava disponível para eles se precisasse de outra coisa ou era só pra Grande Família?”, continuou Vilela. O intérprete de Beiçola e Dona Etelvina disse que nunca teve vínculo de funcionário com a Globo, que era contratado apenas por obra, assim como acontece atualmente com a maioria dos atores. “Eu não era contratado da casa, eu era do produto. Ganhava um valor, pra eles usarem por 10 anos, como eles queriam. Até hoje é assim”, explicou Oliveira.

“Depois renova ou é pra sempre, isso? Quando passa no Viva você recebe alguma coisa?”, perguntou o apresentador. Segundo o famoso, o cachê pago pela líder de audiência é mínimo. “Deve ser pra sempre… [Recebo] R$ 30 reais por três meses”, disse o ator. Em outra entrevista, ao Cortes Podcast, Marcos Oliveira afirmou que era tratado de forma diferente pelo restante do elenco. “Sempre fui tratado como ‘estamos ajudando o cara’. Eu sentia isso. Distanciado, as reuniões da Grande Família eu nunca participava”, lamentou. “Vamos deixar pra lá. Já foi. Não tenho contato com mais ninguém. Parece que saí da reencarnação sem nada”, afirmou.